domingo, outubro 01, 2006

De tardezinha postei meu primeiro escrito e já a noite escrevo isto... É por que de tardezinha eu era uma coisa e agora já sou outra (não sou incoerente, apenas sofri uma mudança brutal) de tarde eu era algo parecido com uma mulher e agora sou qual quer coisa com a cara suja de lama de tanto arrastar no chão... Antes nem eu sabia no que ia dar, mas AGORA a minha desgraça é mais do que pública.
Com que cara eu vou acordar de manhã? Eu nem sei exatamente a cara que eu tenho agora (qualquer coisa muito disforme).
Mas a pergunta me foi feita (não importa por quem, afinal estou na internet e tenho que ser mais vaga do que gostaria) e vou responder: Eu adoro Fernado Pessoa! Mas não é o momento de ouvi-lo por simples motivo: não importa se o que eu cago na privada da minha casa vai parar no Tietê, no saudoso São Francisco ou no glorioso Tejo... Bosta é bosta e um Rio é um rio, mas nem tão pouco é tempo de ouvir Alberto Caeiro (meu paganismo não foi efetuado em dia e se tornou dividismo)Álvaro de Campos é o poeta... este sim leva na alma aquilo que tenho pra dizer agora: "Não Sou nada.nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo". Talvez não, não tenho em mim sonho nenhum... mas quem sabe haja um... Ah, Lembrei! Quero um dia não precisar falar, ouvir, amar, querer ninguém... Uma ilha deserta....
Quando se viu em desamor, minha mãe disse a mim que só contasse comigo mesma, que não confiasse em ninguém, que não fizesse nada por ninguém, mas como nunca fui de ouvir minha mãe aprendo isso hoje por experiência própria no que foi o dia mais difícil da minha vida.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Oi


Lendo seu relato, eu me vi, situações que muitas vezes se passaram em minha vida, repetidamente.
Espero que esteja bem hoje, que se esteja se sentindo algo parecido com uma mulher.


Abraços.

8:50 PM  

Postar um comentário

<< Home